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Sossusvlei, o poderoso deserto da Namíbia

Um dos lugares mais procurados pelos viajantes é o desejado Sossusvlei, um imenso mar de areia, dunas e mistérios que encobrem este deserto. Passamos dois dias na região e te passaremos dicas preciosas para aproveitar este lugar mágico, que atrai pessoas de todos os lugares do mundo.

Você já deve ter visto ou lido alguma coisa sobre o deserto da Namíbia. Pode não se recordar do nome, que é realmente difícil de lembrar e pronunciar.

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Sossusvlei, já tem um nome enigmático. “Sossus” em Nama (uma das línguas africanas locais) significa “fim da linha”. E “Vlei” em Africâner (língua germânica presente no sul da África) significa “pântano”.

Traduzido em um português literal, seria algo do tipo “Pântano sem saída” e eu não consigo imaginar um terreno molhado assim no cenário que conheci. Sossusvlei é um imenso deserto de dunas, árido e, principalmente, muitas tempestades de terra.

Como conhecer

Nós tivemos a sorte de visitar o parque inteiro com um ótimo guia que contratamos na chegada ao nosso hotel. É possível ir sozinho até o parque mas no trecho principal até as dunas principais e o Vale da Morte, o caminho só pode ser feito com um carro 4×4. A maioria das pessoas acabam contratando um guia quando chega ao local, portanto, tivemos mais comodidade ao fechar o passeio já com hora de saída da nossa hospedagem, onde dormimos estrategicamente por ficar perto desta atração. O passeio também nos ofereceu um café da manhã em estilo piquenique.

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Recomendo contratar um guia local por vários motivos, mas alguns deles realmente são evidentes. Os profissionais já conhecem bem a área e o comportamento dos visitantes, te levando às atrações menos disputadas no começo. Eles também têm a habilidade de pilotar nos tempos mais quente, quando o caminho fica mais liso por conta da areia mais aquecida e o veículo derrapa com mais facilidade, além de terem o conhecimento maior para explicar cada lugar. Portanto, a minha dica é desembolsar uma grana extra para conhecer mais este itinerário, com maior segurança.

Deadsvlei

Chegamos cedo ao Parque Nacional de Sossusvlei e aproveitamos a dica do guia: caminhar  no contra-fluxo de pessoas que iriam visitar as atrações do lugar. Escolhemos então começar por este que, para mim, é o lugar mais mágico e enigmático. As árvores centenárias morreram, mas permanecem retorcidas, várias delas em um vale, o Vale da Morte. Enquanto os turistas caminharam até a Duna 45 (que fica mais perto da entrada do parque) nós fomos até o Deadvlei, que estava vazio no momento em que chegamos e deu para registrar fotografias incríveis.

Caminhamos cerca de 15 minutos até chegar ao ponto por onde caminhos entre os troncos que mais parecem escultura de um museu a céu aberto. Um sonho realizado conhecer este trecho que eu sempre tive vontade de pisar os pés. As estruturas parecem ter saído de um quadro pintado por algum artista surrealista, sem muita cerimônia ou definição, eles permanecem por lá, fincados em um terreno seco de argila branca e corroído pela erosão, aqui aparentava ter um lago, pântano ou algo parecido. Agora só resta erosão, seca e um sol escaldante.

Duna 45

Atualmente, uma das estrelas do parque. Digo isso porque pode ser que mude, pois o vento forma novas gigantes com o tempo, daí aparecem novas atrações.

Muitos viajantes, como nós, arriscam subir até o cume. A visão de cima é linda e as fotos ficam espetaculares. É um pouco trabalhoso, já que a areia é bem fofa e o calor colabora pra ficar ainda mais porosa. Um pouco de força de vontade misturada com bastante hidratação, nos fez ter força para subir. E o espetáculo lá de cima é impagável.

Cânions

Conhecer esta parte do parque foi como ter um bônus do passeio. Não havia lido sobre isso nos roteiros de viagem e me surpreendi bastante. As rochas desenhadas e perfuradas podem ser visitadas por dentro. São vários corredores esculpidos pela ação efêmera do Rio Tsauchab, por milhares de anos.

As excursões entram nessas galerias e a gente tem uma ideia de como a natureza influenciou por anos na criação dessas cordilheiras de rochas.

Círculos mágicos

São chamados pelos guias de Fairy Circles e sua disposição ordenada alimenta o imaginário dos visitantes. Tem gente que acredita que foram feitas por alienígenas que visitam o lugar para explorar, tem gente que acredita na ação da natureza para que estes perfeitos anéis sejam desenhados. O cenários parece com Marte, então tem muita gente que acredita que nossos vizinhos vêem nos fazer algumas visitas.

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Particularmente, preferi brincar dizendo que o lugar era um “perfeito estacionamento de naves espaciais”.

Mas a explicação para este fenômeno depende do ponto de vista de cada um, levando em conta cada cultura. As tribos himbas, por exemplo, acreditam que são pegadas dos deuses. Os turistas acreditam em naves espaciais explorando nosso planeta. Já os cientistas não entraram em consenso ainda e acreditam que pode ter sido obra de micro-organismos que se alimentam das poucas plantações no solo e formam estes anéis, ou pequenos insetos, como os cupins, que criaram estes formatos padrões por todo o deserto da Namíbia. Porém, o mais importante é você tirar suas conclusões e até usar a sua imaginação.

Dicas

Nós compramos roupas especiais e não nos arrependemos de fazer esta caminhada debaixo de sol escaldante. Um chapéu que cubra bem cabeça e pescoço, camisa de manga longa com proteção UV (a nossa também tem repelente), calça leve e bota para a ocasião (que ajuda na caminhada em terreno arenoso e não entra areia). Claro, passe bastante protetor solar, o sol vem de todos os lados e queima muito. Bastante água e disposição para conhecer este presente da natureza.

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Vi muita gente com roupa comum fazendo as trilhas e não estavam nada bem por conta da atuação do astro-rei no dia. Por isso é bom ter esse cuidado para evitar problemas de desidratação e insolação. Na saída do parque há uma boa estrutura com banheiros.

Hospedagem

Como disse lá em cima, ficamos estrategicamente hospedados no We Kebi Safari Lodge. Ele fica bem perto do Sossusvlei Park e oferece os passeios pela região. Também contam com um ótimo café da manhã, almoço e jantar. Nós passamos nosso natal lá e a ceia foi bem especial. Você pode também escolher outras hospedagens do tipo nesta região, há vários hotéis assim, que contam com bangalôs e serviços de primeira.

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Apesar de ficar no meio do deserto, o lodge oferece internet e o pagamento pode ser feito com cartão de crédito, dólar namibiano ou Rands sul-africanos. Eles não aceitam o dólar americano.

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Thiago Inter
Thiago Inter é jornalista de TV, já atuou em Assessoria de Comunicação, adora produzir documentários, fotografia e percorrer o mundo. Nascido em Brasília, DF, o jornalista já documentou muitas de suas andanças para ajudar outras pessoas. Para ele, uma aventura é sempre bem-vinda e a melhor viagem é a próxima, esperando sempre pelo próximo embarque.
http://www.proximoembarque.com

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