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Kyoto: a cidade que vive o espírito japonês

Podemos afirmar com bastante clareza que a cidade de Kyoto (ou Quioto, em bom Português) é uma das representatividades mais palpáveis da cultura japonesa. E eu explico isso a seguir.

Apesar desta proximidade, as duas metrópoles estão longe de serem iguais. Em Kyoto não é comum aqueles prédios gigantes da capital, as construções são mais baixas. A atmosfera mais se parece a de municípios pequenos. Achamos também os lugares mais tranquilos e as ruas planas ajudam a caminhar e se locomover de bicicleta. Apesar disso é considerada grande, com uma população robusta de cerca de 1,4 milhão.

Além disso, Kyoto foi fundada no século I e deixou de ser a capital nipônica somente no século XIX e ainda é conhecida pelos próprios moradores como a Velha Capital. Com seus mais de 2 mil Templos Budistas e Santuários Xintoístas é considerada um tesouro nacional. E foi lá que tivemos a nossa aproximação maior com a vida e cultura locais.

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Dormindo no Tatame

Assim que chegamos à estação principal de Kyoto, pegamos um trem e fomos até a parada mais próxima do nosso hostel. Ficamos no Fujitaya Kyoto, uma opção que ficou com um bom custo-benefício. Primeiro porque é perto da estação Tambaguchi (menos de 8 minutos caminhando) e segundo que o lugar é bem mais em conta que os hotéis tradicionais, que são bem mais caros que os de Tóquio.

Ao entrar no estabelecimento confesso que fiquei inseguro com as acomodações. Café da manhã asiático e as mesas baixas para nos acomodarmos no chão durante a refeição. Mas isso não passou de um incômodo passageiro de alguém acostumado com a vida ocidental e logo nos adaptamos.

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Outra experiência diferente que pensei que seria negativa e foi maravilhosa pra gente: dormir no chão, em cima de um tatame, coberto com um futon fino. Pensamos que iríamos acordar com dores nas costas mas o resultado foi bem diferente.

Amanheceu e parecia que a viagem tinha acabado de começar, apesar dos 26 dias rodando o Japão. O sono foi um dos melhores de nossas vidas e os dias seguintes foram de renovação. Resultado disso? Estamos pensando em comprar um tatame, um futon e dormir assim no Brasil.

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Templos Hongan-ji

Como disse anteriormente, Kyoto é o lugar dos templos e santuários. Em qualquer parte da cidade você vai se encantar com alguns deles. Nós resolvemos conhecer aqueles que consideramos os mais importantes da região, como o complexo Honganji. Esta preciosidade compreende os templos Nishi Honganji  (西本願寺) e Higashi Honganji (東本願寺).

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Estes dois prédios foram construídos separadamente. O Nishi Honganji (que fica a oeste do complexo) foi finalizado primeiro, em 1591. Já o Higashi Honganji (que está localizado a leste) só ficou pronto nove anos depois. Deste período de realização das obras ficaram várias histórias. A mais interessante envolve a construção do Higashi Honganji.

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Segundo a lenda, várias beatas doaram seus fios de cabelos para a confecção de cordas que possibilitaram o transporte de grandes troncos de madeira usados na estrutura do templo. E não foi só isso. Várias pessoas arriscaram a vida e muitas morreram ao subir as montanhas geladas para coletar estas árvores.

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No hall que liga os dois templos há, inclusive, uma maquete demonstrando o esforço dos fiéis escaladores e uma destas cordas formadas por cabelos humanos.

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O complexo Honganji é imenso e nos dois prédios ocorrem as cerimônias budistas. Os visitantes podem entrar nestes belíssimos salões desde que guardem os sapatos em sacolas plásticas, disponíveis na entrada.

Se o tempo estiver chuvoso e você estiver de guarda-chuva, este também pode ser colocado em um compartimento do lado de fora, onde você pega uma chave para resgatá-lo depois. Serviço disponível em quase todos os lugares que recebem muitos turistas.

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Detalhe: no Japão, na maioria destes templos ou santuários, fotografar as cerimônias ou os altares de oração é proibido, mas a gente sempre acaba encontrando um cantinho permitido para fazer um belo registro.

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Santuário Fushimi Inari

Simplesmente um dos lugares que nós mais queríamos conhecer no Japão! Principalmente para vermos de perto os toris (que são os enormes arcos vermelhos de madeira) e as raposas retratadas em pedra. Esses animais guardam uma chave na boca e estão ali para fazer a proteção espaço.

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Mas qual a função da chave? Explico. As raposas, tradicionalmente, são consideradas pelos japoneses como animais sagrados. No Japão Antigo, inclusive, estas simpáticas estátuas eram as guardiãs dos celeiros de arroz. A chave, no caso, representava a permissão de entrada nestes galpões, significando sorte, prosperidade e fartura. Aliás, Inari é o Deus xintoísta do arroz.

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Mas não são só os gigantes toris e as esculturas de raposas em pedra que encantam os visitantes. O Fushimi Inari foi cenário do filme Memórias de uma Gueixa. O longa, apesar de americano, é uma das produções mais icônicas da representatividade desta cultura japonesa.

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E visitar o complexo de Fushimi Inari é lembrar das cenas e do drama vivido pela atriz principal.

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Mas a história do santuário ultrapassa o que assistimos. Os toris, principal símbolo dos complexos xintoístas, são enfileirados formando uma espécie de trilha que te conduz até o ponto mais alto do Monte Inari, a montanha que agrega a região.

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A caminhada é um pouquinho longa, mas vale o esforço! Do alto do templo Fushimi Inari se tem uma bela vista da cidade de Kyoto.

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Santuário Shimogamo-jinja

É um dos mais importantes e antigos santuários xintoístas do Japão, fundado no século VI. Escolhemos conhece-lo pela beleza e grandiosidade.

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O enorme prédio vermelho, construído com vigas gigantes de madeira, adornado pelos imensos toris e protegido por suntuosos portões fortificados, não passa despercebido.

E o lugar, bastante acolhedor, nos remete ao Japão Imperial. O cenário que mais chama a atenção do visitante é a pracinha principal, abrilhantada por uma charmosa ponte, bem ao estilo japonês.

E pra você, okini!

Ficou encantado com a cidade e quer agradar os moradores de Kyoto?

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É fácil. Deixe de lado o bom o velho “arigatou” e passe a dizer “okini”. Isto é o que se fala em Kyoto quando se quer agradecer. É o “muito obrigado” descolado dos moradores da região.

Uma palavra que, certamente, será muito usada durante sua estadia na cidade, já que a gentileza e hospitalidade dos locais, bem como os templos e santuários, também vão te surpreender.

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Thiago Inter
Thiago Inter é jornalista de TV, já atuou em Assessoria de Comunicação, adora produzir documentários, fotografia e percorrer o mundo. Nascido em Brasília, DF, o jornalista já documentou muitas de suas andanças para ajudar outras pessoas. Para ele, uma aventura é sempre bem-vinda e a melhor viagem é a próxima, esperando sempre pelo próximo embarque.
http://www.proximoembarque.com

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